por Marina Hauers(*)
Lembra que eu disse em um artigo anterior que este ano eu colocaria ordem aqui no escritório, deixando minhas atividades mais organizadas e otimizadas?
Devo dizer que se não fosse pelo sufoco que passei no último mês eu poderia dizer que venci e que meu objetivo deu certo. Mas, falhei miseravelmente – como dizem os memes por aí.
E tudo foi causado por uma extrema falta de atenção minha e por achar que pegar algo pronto da internet e usar como modelo para criar algo personalizado para o meu trabalho seria fácil e mais produtivo do que procurar ajuda profissional.
Não, não estou falando de copiar a marca de alguém ou de usar ilustrações prontas da internet. Estou falando de algo muito mais sério e que me gerou um prejuízo financeiro grande e que estou me arrependendo até agora: o tal do Contrato de Prestação de Serviços de Design Gráfico.
O meu erro ao baixar um modelo de contrato pronto
Sim meus colegas, eu cometi esse erro. Não quero falar de valores do prejuízo aqui, mas quero alertá-los da importância de certas burocracias do nosso trabalho e de como podemos nos proteger desses erros.
Eu de verdade acreditei que baixando um modelo de contrato pronto na internet e adaptando com os meus dados, prazos e valores de trabalho, estaria protegida de qualquer problema com o cliente, mas me enganei.
Tudo começou com um trabalho dos sonhos que consegui no início de março deste ano, projeto internacional de marca, com desdobramentos para embalagens e site. Projeto dos sonhos. Eu, toda feliz, fui lá, peguei meu contrato adaptado e enviei com meu e-mail padrão para o cliente assinar e tal. Tudo lindo, tudo perfeito.
Fiz o projeto, entregue e aprovado de primeira – Wow!!!
Mas depois disso começaram os problemas… Após quase dois meses de trabalho o cliente me procurou dizendo que teria que realizar algumas alterações além das estipuladas no contrato. Fui ver no contrato e para a minha surpresa (ou não) eu não tinha colocado nada sobre essa situação extra.
Conversei com o cliente, expliquei como funcionava e acordamos um valor extra para as revisões adicionais. Só que a coisa começou a desandar quando o cliente começou a pedir outras coisas que não estavam previstas no contrato.
Conforme enviei um e-mail sobre os custos adicionais e do que estava ou não previsto no contrato, o cliente começou a deixar de responder minhas mensagens. O desespero bateu. Eu, que tinha aceito dividir em 4 parcelas o valor do projeto, comecei a desconfiar de que tomaria um calote a partir daquele momento.
E eu estava certa. O cliente não respondeu mais as mensagens e não pagou a terceira parcela. Mandei um e-mail fazendo um lembrete gentil sobre o atraso e a resposta que recebi foi: “Não concordo em te pagar pois não terminamos as revisões adicionais que pedi…”
Respondi educadamente e nada. Tentei de todas as formas contatar o cliente, e-mail, mensagens, telefone… nada. A data do outro pagamento chegou e fui fazer aquele e-mail gentil de lembrete – sim sou gentil mesmo o cliente não sendo gentil – e não tive resposta.
Foi aí que pensei: vou acionar o cliente judicialmente e peguei o contrato. Pobre designer que achava que sabia fazer contratos!
Lendo o contrato inteiro, percebi que faltava uma parte muito importante, a mais importante de todas: não tinha nada falando sobre atrasos e falta de pagamento. NADA!
O desespero bateu. E foi aí que percebi o grande erro. Eu tinha lido o contrato modelo e na minha falta de conhecimento eu acreditei que aquele modelo tinha tudo que um contrato precisava ter.
Mas o contrato era somente um modelo, com cláusulas simples. Realmente não tinha nada sobre atrasos ou multas de pagamento. Fora que a minha falta de conhecimento fez com que eu não colocasse no contrato as particularidades do meu trabalho.
A conclusão da história e o que aprendi de tudo isso
Resultado de tudo isso? O cliente sumiu, tomei o famoso calote e inclusive constatei que ele está usando todo o material que ele já havia recebido aprovado e a marca aprovada inicialmente. E eu não posso fazer nada judicialmente, pois o contrato não prevê o que acontece quando o cliente não paga. O projeto dos sonhos se tornou um pesadelo.
Mas tudo isso me fez aprender uma grande lição: existem profissionais no mercado com trabalhos e serviços que podem nos auxiliar nessas questões.
Lá estava eu vasculhando a minha timeline do Instagram quando vi um post do Moysés Remma, falando sobre o curso chamado Assina Design.
Fui ler sobre o curso e descobri que ele é feito para nós, designers, focado em ajudar profissionais criativos sobre essas questões de direitos e deveres contratuais. Foi um misto de animação e ódio. Animação porque descobri um ótimo curso pra fazer e ódio de não ter feito esse curso antes do calote.
Pois bem, terminei o curso semana passada e foi a luz que eu precisava. Cada módulo aborda direitos sobre o desenvolvimento de marcas, ensina como lucrar mais com os trabalhos feitos, cobrar melhor por alguns serviços e, o que mais me atraiu para o curso: como criar o contrato de prestação de serviço de design gráfico.
O módulo que mais me surpreendeu foi o de como melhorar o faturamento, criar autoridade perante ao cliente e continuar ganhando dinheiro com as suas criações – eu nem sabia que dava para fazer isso com os meus projetos de embalagem, por exemplo.
Se você não tem condições de contratar um advogado para te auxiliar a criar um contrato personalizado, eu indico muito o curso do Moysés. Só para você ter uma ideia do quanto você pode aprender no curso:
- Autor e Obras Protegidas: Para cada trabalho/serviço que você oferece para o seu cliente, existe uma proteção autoral. Isso é muito bacana de saber, pois só assim você consegue colocar no seu contrato o que o seu cliente pode ou não fazer com o trabalho que você entregou.
- Como usar o licenciamento e a cessão do seu trabalho: Neste ponto eu aprendi que para trabalho de marcas eu preciso colocar um termo de cessão para o cliente, mas que existem alguns pontos importantes que devem estar no contrato de acordo com o que foi negociado/fechado com o cliente. Tá tudo super bem explicado em um módulo sobre o assunto.
- Direitos sobre Marcas: Os módulos que falam sobre a parte jurídica de contratos para criação de marcas são super importantes e esclarecedores para quem ainda não tem um contrato bem feito. Esse foi o que mais me trouxe luz e entendimento sobre o que estava fazendo de errado até o momento.
- O curso ainda traz alguns modelos de contrato e ensina como usar e como fazer o seu contrato de trabalho. Para mim só este módulo já me faria comprar o curso, mas o curso todo é muito bom. E isso tudo muito bem explicado pelo Moysés.
Para quem não conhece o Moysés, ele é advogado especializado na área e oferece consultoria e cursos que ajudam designers e estúdios que querem se destacar e entregar mais valor e segurança para os seus clientes. Ele tem uma didática muito boa, explica tudo tão bem, de forma clara e com exemplos muitos bons, que você fica pensando porque que não fez o curso antes.
O curso tem muita informação importante – que de verdade eu nem imaginava existir – então valeu muito a pena investir no curso. O resultado de tudo isso é agora um contrato feito 100% para as minhas necessidades e de acordo com o que entrego para o cliente. E ainda com respaldo jurídico.
Uma surpresa para os leitores do Designerd
Conversando com o Moysés e falando como o curso dele me ajudou muito, eu também comentei com ele que iria compartilhar aqui no blog minha péssima experiência por causa de um contrato mal feito. Acredito sempre que compartilhar as experiências com outros designers pode ajudar de alguma forma outros profissionais não cometerem o mesmo erro que o meu. Ele ficou super feliz em saber disso e aí veio a surpresa.
Se você não quer passar pelo o que passei, ou para você que ainda não tem um contrato de prestação de serviço, o Moysés disponibilizou um cupom de desconto para os nossos leitores. Eba!
Para aproveitar essa oportunidade é só acessar esse link, clicar no botão “Inscreva-se agora no curso” e usar o cupom exclusivo DESIGNERD10 que te dá 10% de desconto no curso Assina Design.
Mas tem que correr, pois o cupom é válido somente até o dia 31/07/2021. Se eu fosse você não perderia essa oportunidade, hein!
Siga também o Moysés no Instagram, no @moyses.remma, ele sempre compartilha dicas valiosas por lá.
E você? Já passou por apuros com clientes por causa do contrato, ou pela falta dele? Me conta aqui nos comentários como você resolveu a situação.
Designer de Marcas e mãe da Helena, apaixonada por música, cinema e livros. Nas horas vagas tenta ser maratonista e gamer.
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